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EUA cortou juros e Brasil aumentou: E agora, onde investir?
A queda de juros americana pegou muita gente de surpresa, o corte de 0,5% foi considerado agressivo, visto que foi o primeiro, desde março de 2020. O novo patamar de juros americano agora é de 4,75% a 5% ao ano.
Após esta divulgação, em um primeiro momento, as curvas de juros fecharam e as bolsas subiram, porém no final do pregão as bolsas caíram e as curvas subiram, muito por conta do discurso do Jerome Powell, que disse que esta não é a nova velocidade da queda de juros, vai verificar cada dado da inflação para as próximas decisões e que não teremos o tempo de taxas ultra baixas, como houve na pandemia.
O mercado entende que a taxa terminal americana deve ficar em torno de 2,9%.
O melhor para o mercado de juros e bolsa global seria a manutenção do mercado morno, como atualmente, com criação de vagas de emprego. Neste momento, as eleições americanas trarão muito mais volatilidade para os ativos do que as próximas decisões do FOMC.
Diante dessa divulgação, teremos uma possível saída de recursos nos títulos americanos curtos por conta da queda de juros e algum aumento na Bolsa, principalmente nas ações de utilidades publicas que se beneficiam com taxas caindo, e a leva progressiva de títulos americanos para essas ações.
Essa decisão também fez com que o real se valorizasse, a XP entende que o dólar deve chegar no patamar de R$5,40 para dezembro, principalmente por conta da entrada de fluxo estrangeiro e desvalorização do dólar de forma global.
Vindo aqui para o Brasil, a taxa subiu 0,25%, conforme o esperado.
O COPOM deixou claro que será muito rígido para que a inflação volte à meta de 3%, e quer mostrar ao mercado que está profundamente comprometido com isso.
Hoje, a inflação está em 4,5%, quando vemos o Boletim Focus, a projeção do IPCA, para próximos os 18 meses, está em 3,5%, No mês passado, estava em 3,2%. O risco vem aumentando, muito por conta do aumento de custo de produção e demanda aquecida. Com isso, a projeção do Focus para Selic oficial, é de 11,5% para 2024, e queda, em seguida, para 10%. Provavelmente, não vai se concretizar, pois isso não seria suficiente para conter a inflação. Logo, a projeção da XP é de Selic a 12%, com a manutenção deste numero por mais tempo, ao longo de 2025. Mas dependendo da velocidade de queda de juros nos EUA, podemos não precisar subir tanto os juros aqui.
Como aproveitar estas informações para seus investimentos?
Hoje, para as pessoas com perfil mais conservador, os investimentos pós fixados são os melhores, pois trazem bons retornos com baixa volatilidade. Também é um ótimo momento de iniciar a dolarização da carteira ou aumentar a exposição, com dólar chegando aos R$5,40, inflação lá fora declinando e bons papeis de RF e principalmente RV.
Para pessoas com perfil moderado ou arrojado, importante formar uma boa reserva de liquidez, que está sendo bem remunerada agora, para boas oportunidades futuras, dolarização da carteira e manutenção dos ativos de 6/ 6,5% de juros reais, que carregam ótimo alfa para longo prazo, sem a necessidade de vend^-los. Também temos boas oportunidades na Bolsa, com as ações de qualidade, boas pagadoras de dividendos.
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