Burnout Digital e a consequência por trás das telas!

Burnout é uma palavra de origem inglesa muito utilizada para se referir a algo que deixou de funcionar por exaustão.

O burnout digital é uma nova versão do burnout que, de acordo com o McLean Hospital, é um tipo de esgotamento digital ou sentimentos de ansiedade, exaustão e apatia, causados por gastar muito tempo em dispositivos digitais.

O problema foi descrito como “uma síndrome resultante de um estresse crônico no trabalho que não foi administrado com êxito” e que se caracteriza por três elementos: “sensação de esgotamento ou sentimentos negativos relacionados a seu trabalho e eficácia profissional reduzida.”

Este problema é crescente, principalmente com o avanço da tecnologia e a chegada da pandemia, que nos obrigou a depender ainda mais de computadores e smartphones para trabalhar.

Ele não está presente apenas no meio corporativo. Muitas pessoas estão com esgotamento eletrônico e não sabem. Qual a primeira coisa que você faz ao acordar? E ao dormir, qual a última coisa? Se para ambas a resposta foi: olhar o celular. Não desconectamos dos eletrônicos nem mesmo para almoçar, afinal, é preciso estar disponível o tempo todo. E ainda levamos as telas para a cama, o que prejudica o sono. Então, cuidado! Você pode ser uma das vítimas desta doença.

Como saber detectar Burnout digital?

O burnout digital pode ser difícil de diagnosticar e as pessoas acabam nem sabendo que sofrem deste esgotamento, pois os sinais parecem ser comuns a qualquer dia cansativo. As pessoas apresentam problemas para dormir ou um sono que não nos faz realmente repousar, diminuição de energia ou fadiga constante, efeitos físicos como dores no peito e diminuição do interesse no trabalho.

Os sinais mais comuns para detectar o burnout digital, são:

– Sentir que tem que estar sempre online;

– Não conseguir desligar no final do dia;

– Dificuldade em separar trabalho e tempo pessoal;

– Sentir que precisa trabalhar horas extras para provar seu valor.

É essencial se atentar e entender que esse problema existe e que é uma condição que, mesmo que pareça simples de resolver, pode acarretar em problemas a longo prazo relacionados à saúde mental, como ansiedade e depressão.

Como não virar refém dos eletrônicos?

Para lidar com este processo, é importante impor alguns limites e ter maturidade para saber quando é hora de dar um tempo antes que as coisas piorem.

– Faça uma limpeza em apps, documentos e fotos que não precisa mais, como prints e vídeos recebidos pelo WhatsApp. Aproveite para limpar seu e-mail também, cancelando inscrições para receber promoções e excluindo spams.

– Desligue as notificações desnecessárias como a dos apps de compras que avisam sobre um novo produto ou as mensagens de redes sociais.

– Coloque horários para dormir, acordar, usar as redes sociais, focar no trabalho, entre outros. Ah, e claro, respeite-os!

– Tenha momentos offline, onde você realiza atividades longe de dispositivos digitais, como dar uma caminhada, respirar, observar a natureza, entre outras.

Devemos estar atentos ao fato de que nem sempre nos damos conta do esgotamento digital, pois, como o mundo da internet está no nosso dia a dia e o tempo todo, é difícil de detectar. Entender que essa doença existe e como ela funciona pode nos ajudar a combater esses sintomas antes que eles levem a consequências mais difíceis de controlar.